Na tarde da última sexta-feira, dia 11, a sociedade maranhense saiu às ruas para dizer não à Proposta de Emenda Constitucional 55 (antiga PEC 241, aprovada recentemente na Câmara dos Deputados). Professores, trabalhadores em educação, metalúrgicos, hoteleiros, vigilantes, e trabalhadores de diversas outras categorias, movimentos sociais, e estudantes, entoaram um belo movimento que tomou as ruas históricas da capital maranhense.
A concentração ocorreu na Praça Deodoro, centro, local de grande movimento do comércio ludovicense, chamando a atenção de populares que transitavam. “Um grande ato em defesa do nosso país, em favor da educação, saúde e infraestrutura, não queremos retroceder 20 anos”, afirmou Joel Nascimento, presidente da CTB-MA.
Além de protestarem contra a PEC 55/2016, lideranças sindicais e de movimentos sociais fizeram discursos contestando as propostas de Reforma da Previdência e Trabalhista. “Querem passar para a sociedade que a Previdência está falida e, dessa forma, empurrar a conta para o bolso da classe trabalhadora, por isso essa proposta não contempla a maior parcela da população brasileira”, ressaltou Hildinete Rocha, dirigente nacional da CTB.
A União Nacional de Negros (Unegro); Nova Central Sindical (NCST); Central Única dos Trabalhadores (CUT); Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB); União Nacional dos Estudantes (UNE); União da Juventudade Socialista (UJS); Partido dos Trabalhadores (PT); Partido Comunista do Brasil (PCdoB), dentre outras entidades dos movimentos sociais também participaram do ato.
Entenda a PEC 55
Apelidada de PEC da Morte, do Fim do Mundo, da Maldade ou dos Ricos, ela propõe mudar a Constituição brasileira, e determina um congelamento dos investimentos sociais por 20 anos. O objetivo de se lançar mão de uma medida tão radical seria reorganizar as contas do país – razão que é derrubada por 9 em 10 economistas, que vêm benefícios apenas ao mercado financeiro e ao pagamento dos juros da controversa dívida pública brasileira.
Com essa proposta, os trabalhadores passaram a ter um motivo a mais para repudiar as manobras do governo, que vêm sendo ratificadas também pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que já restringiu o direito de greve do funcionalismo público, aprovou o negociado sobre o legislado e quer implantar a todo custo a terceirização de forma generalizada.
Atos nas categorias
Mais cedo, pela manhã, diversas categorias realizaram mobilizações em seus locais de trabalho. Os metalúrgicos de São Luís realizaram atos nas fábricas e indústrias do ramo; os trabalhadores em educação da Universidade Federal do Maranhão, fizeram ato unificado com os professores da universidade, e estudantes que ocupam o Colégio Universitário (Colun). Eles realizaram uma grande caminhada dentro da Cidade Universitária, alertando sobre os malefícios trazidos pela PEC 55, dentre outros.
Márcio Rodrigo – Sintema