Uma das pautas da paralisação da próxima sexta-feira (11), para a qual a Contee convocou as entidades filiadas a fim de nos unirmos aos atos programados pelos movimentos sindical e social em todo o Brasil, é a defesa da educação pública, combatendo medidas nocivas como a Proposta de Emenda à Constituição 241 (rebatizada, no Senado, de PEC 55), a privatização do pré-sal e a Medida Provisória (MP) 746, que impõe a reforma do ensino médio. E, no aquecimento para essa ampla mobilização, o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, participa amanhã (9) da mesa “Resistência contra o desmonte da escola pública”, ao lado de Marilene Betros, da CNTE, e Camila Lanes, da Ubes.
O debate faz parte do seminário “Diálogos para a resistência”, promovido, em São Paulo, pela CTB. A atividade, que começou hoje (8), parte da percepção de que as conjunturas nacional e internacional impõem grandes obstáculos à classe trabalhadora e às lutas sociais neste momento. O resultado das últimas eleições municipais, ancoradas no ressentimento contra a classe política, são o indicador de que não é apenas a esquerda que atravessa um cenário de retração, mas a própria ideia de governo.
Diante disso, a CTB convidou os sindicalistas, ativistas e cidadãos brasileiros a participarem do seminário. Ao longo destes dois dias, diversas lideranças nacionais — como o presidente da CTB, Adilson Araújo, e o coordenador do MTST, Guilherme Boulos — debaterão em mesas sobre a necessária reorganização do campo progressista brasileiro.
“Resistir é preciso, é o que a CTB propõe. O movimento sindical e os movimentos populares tem que construir mecanismos que demonstrem esta resistência. Só o povo unido consegue barrar estas medidas”, disse Eduardo Navarro, dirigente nacional da CTB. “A Central está muito preocupada com as medidas que o ilegítimo governo golpista vem propondo para desmontar a legislação trabalhista e previdenciária do país. As mudanças nos direitos trabalhistas só interessam aos patrões, igualmente a mudança nas regras para a aposentadoria.”
O seminário se coloca como forma de construir os caminhos e as alternativas populares. As mesas estão sendo transmitidas ao vivo pela página da CTB no Facebook.
Veja abaixo a programação:
08/11 (terça-feira)
9h30 – “Qual rumo político construir?”
Luciana Santos – PCdoB
Gilberto Maringoni – PSOL
Ricardo Gebrin – Consulta Popular
14h – “O papel dos movimentos sociais na construção da resistência”
Carina Vitral – UNE
Guilherme Boulos – MTST
João Paulo Rodrigues – MST
Adilson Araújo – CTB
09/11 (quarta-feira)
9h – “Resistência contra o desmonte da Escola Pública”
Gilson Reis – Contee
Marilene Betros – CNTE
Camila Lanes – Ubes
14h– “Para onde vai nossa integração soberana?”
Luis Fernandes – PUC RJ
Aldo Fornazieiri – FESPSP
Com informações da CTB