Gilson Reis, Nara Teixeira e Jonas Rodrigues da Paula, coordenador-geral, coordenadora da Secretaria de Relações do Trabalho e coordenador da Secretaria de Políticas Sociais da Contee, foram eleitos para direção plena da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) durante o 4º Congresso da entidade, realizado de 24 a 26 de agosto em Salvador, Bahia. Dentre as deliberações de direção, foi criada a Secretaria de Política Educacional, que será dirigida pela professora Marilene Betros, da APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia. O bancário baiano Adilson Araújo foi reeleito presidente da Central.
Em pronunciamento no evento, Gilson denunciou o golpe que tirou Dilma Rousseff da Presidência da República, defendeu a democracia e colocou a Conferência Nacional Popular de Educação (Conape) como “um grande instrumento de mobilização e luta em defesa da educação como estratégica para o desenvolvimento do pais e soberania nacional”. Para ele, o Congresso ocorreu “num momento singular para os trabalhadores. Vivemos uma fase de uma reforma trabalhista que tirou conquistas históricas nossas. O Congresso se debruçou sobre isso e tirou uma pauta de lutas para mudar a situação que vivemos. No caso da educação, a sociedade como um todo está sendo atacada com o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 95, que congela investimentos. Estamos convocando todos os interessados na educação pública para a Conape, que será realizada em Belo Horizonte em abril do ano que vem. Nela vamos denunciar os ataques à educação e apresentar um projeto que nos unifique em torno de um projeto educacional e de nação”.
Participaram do encontro 1.200 delegados e representações de 26 países. A Central tem 1.200 sindicatos filiados, sendo 800 devidamente regularizados junto ao Ministério do Trabalho. Em torno da central, gravita a unidade entre trabalhadores do campo e da cidade. Categorias fundamentais e estratégicas se uniram nessa construção coletiva. A CTB representa mais de 10 milhões de trabalhadores.
Segundo Adilson, “diante das turbulências e da instabilidade política, a CTB deve voltar-se para o terreno da formação e da comunicação. Já temos o desejo de dar consequência ao nosso projeto da Escola Nacional e trabalhar na perspectiva de um “EAD sindical” – um curso de formação sindical à distância. Pensamos também em constituir uma rede nacional de comunicação. A imprensa sindical tem um patrimônio importante e, muitas vezes, desprestigiado. Se explorarmos as potencialidades existentes nos sindicatos e conseguirmos corresponder ao conjunto dos trabalhadores, essa rede de comunicação será um importante serviço. É um grande desafio da nova gestão”.
Da Contee, ainda participam da direção da CTB Mara Kitamura, Carlos Virgílio Borges e Rogerlan Augusta de Morais.
Carlos Pompe