As centrais sindicais se uniram para convocar uma grande marcha dos trabalhadores para Brasília no próximo dia 24. O objetivo é barrar a aprovação da Reforma da Previdência, em tramitação na Câmara dos Deputados, e protestar contra a Reforma Trabalhista, em análise no Senado, e as demais medidas impopulares do Governo Temer.
De 15 a 19 de maio, categorias de trabalhadores do campo e da cidade, movimentos sociais e estudantis realizarão atividades permanentes na capital federal. Para o dia 17 está programada vigília no Anexo 2 da Câmara dos Deputados, a partir das 10h. Representantes da classe trabalhadora estarão por todo o dia no Congresso Nacional argumentando com os parlamentares sobre os malefícios das reformas em análise na Casa.
A decisão foi tomada no dia 4 de maio, em reunião de dirigentes de todas as centrais, em São Paulo. Em nota conjunta, as centrais Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Sindical e Popular (CSP Conlutas), dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB), Única dos Trabalhares (CUT), Força Sindical, Intersindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT) conclamaram “toda a sociedade brasileira, as diversas categorias de trabalhadores do campo e da cidade, os movimentos sociais e de cultura, a ocuparem Brasília para reiterar que a população brasileira é frontalmente contra a aprovação da Reforma da Previdência, da Reforma Trabalhista e de toda e qualquer retirada de direitos”. Também alertaram: “Se isso ainda não bastar, as centrais sindicais assumem o compromisso de organizar um movimento ainda mais forte do que foi o 28 de abril”.
Contee presente
“A Contee e suas entidades filiadas vão atuar nessas atividades. Nossos diretores têm participado em Brasília de reuniões com parlamentares da Câmara e do Senado, expondo nossa rejeição às reformas trabalhista e previdenciária. Teremos reunião da Diretoria Executiva nos dias 25 e 26 de maio, e muitos diretores estâo antecipando a viagem à capital justamente para participar da marcha. Vários sindicatos estão organizando, sozinhos ou em conjunto com outras entidades, caravanas para o dia 24. Os trabalhadores, unidos, hão de barrar os retrocessos pretendidos por Temer e sua gente”, disse o coordenador-geral da Confederação, Gilson Reis.
Carlos Pompe, repórter